sexta-feira, 2 de março de 2012

MINHAS FLORES




Estágio no Hospital Municipal São José de Joinville-SC

O estágio do Técnico em enfermagem no HMSJ, foi para mim altamente enriquecedor, passamos por todas as áreas, do Centro Cirúrgico, a pediatria. Por trabalhar no Hospital Bethesda durante o dia e ainda termos aulas teóricas, tive que fazê-lo alguns dias a noite.
Faltava a ma téria de Administração, e para mim só sobrou a então Ala C, onde eram internados usuários indigentes, os que não tinham previdência social, e com doenças infecto contagiosas,. Essa Ala ficava depois da Ala A, descendo a rampa. Desse corredor, saá outro tenebroso corredor que levava ao necrotério. Havia 4 quartos de dois leitos e duas enfermarias de 16 leitos, um sanitário parta todos os quartos e um em cada enfermaria, usuários todos juntos, sem divisória, quando um chorava, todos ouviam, quando faia as necessidades no leito, todo mundo sentia o odor e presenciava o fato. Era muito difícil disfarçar, quando alguém estava a beira da morte. 
Eu e outra colega de curso tivemos dificuldades em sermos aceitas no início, mas com amor e humildade, que é o que todos precisavam, tanto funcionários, como usuários,  todos nos beneficiamos com a estada no local. Escolhemos colocar nossos esforços na melhoria da qualidade de vida no local , começando em conjunto com alguns funcionários a limpar armários, pedimos para lavarem as janelas que estavam opacas, ensinando a organizar comadres e papagaios, escarradeiras para quem precisasse, reivindicamos e conseguimos mais roupa de cama, às vezes  dormiam só no colchão, posteriormente conseguimos ajudar a organizar o posto de Enfermagem, com ajuda da Vani(ambulatório), que na ocasião era a responsável do setor.
Os Plantões noturnos foram aventuras...Como eramos estagiárias, "tínhamos" que ajudar a preparar os corpos após a morte. Certa vez fomos chamadas na UTI, para buscar um cadáver, e levá-lo ao necrotério. Um Auxiliar de Enfermagem veio junto. 
Naquela ocasião, havia um incendiário em Joinville, diziam que o próximo alvo seria o São José; o corredor do necrotério tinha um corredor na penumbra, cheio de janelinhas para for, onde só havia mato, algumas quebradas. Descemos lentamente com o cadáver, não medo dele mas do que podia ter lá embaixo, quem sabe um vivo, hehehe. Na porta do necrotério, o rapaz acendeu luzes mais fortes, mas a maca não passava pela porta, lembro que dissemos, "ele não quer entrar", ficamos nervosos, a maca era empurrada e não entrava...Até que olhando bem percebi que por motivo de uma fratura, o pé girou e engatou no caixilho, mas o lençol tampava. Rimos, arrumamos o pé do falecido e deixamo-lo lá. Na volta, não conseguimos apagar a luz, mais ou menos na metade do corredor, algo bateu forte numa janelinha, pensamos ser o incendiário e saímos todos correndo e gritando, os funcionários da Ala C nos acudiram e sugeriram que pudesse ter sido um gato, rato, gambá, etc.
Nesse dia, nos contaram todas as histórias sombrias do Hospital, inclusive a da alma de um tuberculoso, que morreu no sanatório (hoje oncologia), profissional de enfermagem, que povoava a Ala C, por não se conformar em ter sido contaminado. Puxa, hoje cansei!

Detentos da Major Cesar cultivam plantas aromáticas e medicinais - Geral - Piauí - 180graus

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Jornal Cruzeiro do Sul - 7º BPMI volta a oferecer tratamento de equoterapia - PARCERIA - SOROCABA

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